Missão Impossível 8 é uma grande homenagem a toda a franquia | Critica

Missão Impossível 8, dirigido novamente por Christopher McQuarrie, marca o capítulo final da saga de Ethan Hunt e, como era de se esperar, entrega ação em escala global com cenas espetaculares. No entanto, apesar do espetáculo visual, o filme tropeça em alguns pontos importantes, principalmente no roteiro.
O enredo tenta amarrar as pontas deixadas por Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1, mas se perde um pouco em sua própria complexidade. A trama gira em torno de uma ameaça cibernética global e traz reviravoltas típicas da franquia. Ainda assim, o excesso de subtramas e explicações técnicas pode confundir o público, tornando o filme menos acessível que os anteriores. A resolução final parece um tanto apressada e não entrega o peso emocional esperado para o encerramento da saga.
Tom Cruise continua demonstrando um comprometimento admirável com o personagem, tanto física quanto emocionalmente. No entanto, a tentativa de adicionar camadas dramáticas a Ethan Hunt às vezes soa forçada. O destaque vai para Hayley Atwell, que retorna com força e rouba várias cenas com carisma e timing preciso. Outros membros do elenco, como Simon Pegg e Ving Rhames, oferecem a familiaridade e química que os fãs esperam, mas com pouco desenvolvimento adicional.
As sequências de ação são absolutamente insanas, com acrobacias práticas que continuam elevando o nível da franquia. A direção de McQuarrie mantém a tensão constante e sabe exatamente como capturar a fisicalidade das cenas sem recorrer a excesso de CGI.
Conclusão:
Missão Impossível 8 é um espetáculo visual que agrada aos olhos e entrega a adrenalina que se espera. No entanto, o roteiro inchado e algumas decisões dramáticas questionáveis impedem o filme de ser um encerramento realmente memorável. Ainda assim, para os fãs da franquia, é um adeus digno – ainda que não perfeito – ao agente Ethan Hunt.
Nota: 4/5
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